Ricardo Stuckert Ex-presidente após seu pronunciamento no PT Nacional, em São Paulo: com a mesma energia de 30 anos atrás, ele anuncia candidatura
“Quem acha que é o fim do Lula vai quebrar a cara”
Forte e determinado. Dono da palavra. Assim, Lula foi Lula no seu primeiro pronunciamento após a condenação e sentença – sem provas - divulgadas pelo juiz Sérgio Moro nesta quarta-feira (12). Abriu a fala com uma brincadeira sobre uma de suas paixões, o Corinthians, e depois uma metáfora ilustrada por Barcelona e Messi a respeito da mentira jurídica da qual é vítima. O sertanejo sobrevivente que venceu a fome e a seca, virou metalúrgico, líder síndica e o primeiro operário a se eleger e reeleger presidente do Brasil – o mais popular da história – disse o que a direita e o Mercado têm pavor de ouvir e, por isso, tentam impedir: que é, sim, candidato do PT à presidência da República. Se o partido quiser. E o partido quer. O povo brasileiro quer. Que o digam as pesquisas.
O ex-presidente disse que está "no jogo" e reiterou sua intenção de ser candidato do partido às eleições de 2018, nas quais é favorito, segundo todas as pesquisas, inclusive aquelas bancadas pela chamada grande mídia. Lula pode disputar eleição pois não foi condenado em segunda instância e seus advogados já anunciaram que vão recorrer da sentença de Moro.
Lula discursou (leia integra do discurso abaixo) durante meia hora e evitou falar da esposa Marisa Letícia, morta recentemente, e da família, porque não queria se emocionar, mas se emocionou e emocionou. Mostrou força, otimismo, disposição, energia para o que ele chamou de luta dupla: disputar a eleição à Presidência da República ao mesmo tempo em que se defende na Justiça de uma “perseguição sem provas”;
Garantiu que vai ter a mesma energia para disputar a eleição que teve quando começou sua vida política, nas urnas, há 30 anos.
."Quero dizer a meu partido que, a partir de agora, vou reivindicar o direito a me colocar como postulante à candidatura à presidência em 2018", declarou, sob aplausos dos partidários e simpatizantes, na sede do Partido dos Trabalhadores (PT), em São Paulo.
“O Estado democrático está sendo jogado no lixo”
Lula afirmou ainda que o juiz Sérgio Moro o condenou a quase dez
anos de prisão sem provas e denunciou uma "caçada" judicial que está "destruindo a democracia".
Para Lula, as investigações sobre a corrupção que há mais de três anos golpeiam a elite política e empresarial do país converteram o Brasil em um "Estado quase de exceção, no qual os direitos democráticos estão sendo jogados no lixo"
"Se alguém tiver uma prova contra mim, por favor, diga. Mande para a Justiça, mande para a suprema corte, mande para a imprensa. Eu ficaria mais feliz se fosse condenado por conta de uma prova", disse. "Nós vamos recorrer em todas as instâncias de todas as arbitrariedades. (...) É preciso fazer processo contra quem mentir, contra quem não disser a verdade nesse país”, afirmou o ex-presidente.
“Quem tem direito de decretar o meu fim é o povo brasileiro”
Durante o discurso, Lula reclamou dos métodos da Lava Jato e da cobertura da imprensa. Ele disse que, quando critica a Polícia Federal e o Ministério Público, não se refere à instituição, mas à força tarefa da Lava Jato.
"Moro deve prestar contas para a história, como eu. A história é quem vai dizer quem está certo e quem está errado. Não é possível ter Estado de direito se a gente não acreditar na Justiça. E por isso a Justiça não pode mentir, não pode tomar decisões políticas. Tem que tomar decisões baseadas nos autos", concluiu.
Outras frases de Lula durante o pronunciamento:
“Eles estão destruindo os fundamentos da democracia no nosso País”
“Então a sentença de ontem tem um componente político muito forte. Sinto que há tentativa de me tirar do jogo político”
“A única prova que existe é a prova da minha inocência”
“O que me deixa indignado, mas sem perder a ternura, é perceber que estou sendo vítima de um grupo de pessoas que contaram a primeira mentira e vão passar a vida inteira mentindo para justificar a primeira mentira”
Leia aqui a integra do discurso do ex-presidente Lula no pronunciamento desta quinta (13)
Por Vanilda Oliveira
Forte e determinado. Dono da palavra. Assim, Lula foi Lula no seu primeiro pronunciamento após a condenação e sentença – sem provas - divulgadas pelo juiz Sérgio Moro nesta quarta-feira (12). Abriu a fala com uma brincadeira sobre uma de suas paixões, o Corinthians, e depois uma metáfora ilustrada por Barcelona e Messi a respeito da mentira jurídica da qual é vítima. O sertanejo sobrevivente que venceu a fome e a seca, virou metalúrgico, líder síndica e o primeiro operário a se eleger e reeleger presidente do Brasil – o mais popular da história – disse o que a direita e o Mercado têm pavor de ouvir e, por isso, tentam impedir: que é, sim, candidato do PT à presidência da República. Se o partido quiser. E o partido quer. O povo brasileiro quer. Que o digam as pesquisas.
O ex-presidente disse que está "no jogo" e reiterou sua intenção de ser candidato do partido às eleições de 2018, nas quais é favorito, segundo todas as pesquisas, inclusive aquelas bancadas pela chamada grande mídia. Lula pode disputar eleição pois não foi condenado em segunda instância e seus advogados já anunciaram que vão recorrer da sentença de Moro.
Lula discursou (leia integra do discurso abaixo) durante meia hora e evitou falar da esposa Marisa Letícia, morta recentemente, e da família, porque não queria se emocionar, mas se emocionou e emocionou. Mostrou força, otimismo, disposição, energia para o que ele chamou de luta dupla: disputar a eleição à Presidência da República ao mesmo tempo em que se defende na Justiça de uma “perseguição sem provas”;
Garantiu que vai ter a mesma energia para disputar a eleição que teve quando começou sua vida política, nas urnas, há 30 anos.
."Quero dizer a meu partido que, a partir de agora, vou reivindicar o direito a me colocar como postulante à candidatura à presidência em 2018", declarou, sob aplausos dos partidários e simpatizantes, na sede do Partido dos Trabalhadores (PT), em São Paulo.
“O Estado democrático está sendo jogado no lixo”
Lula afirmou ainda que o juiz Sérgio Moro o condenou a quase dez
anos de prisão sem provas e denunciou uma "caçada" judicial que está "destruindo a democracia".
Para Lula, as investigações sobre a corrupção que há mais de três anos golpeiam a elite política e empresarial do país converteram o Brasil em um "Estado quase de exceção, no qual os direitos democráticos estão sendo jogados no lixo"
"Se alguém tiver uma prova contra mim, por favor, diga. Mande para a Justiça, mande para a suprema corte, mande para a imprensa. Eu ficaria mais feliz se fosse condenado por conta de uma prova", disse. "Nós vamos recorrer em todas as instâncias de todas as arbitrariedades. (...) É preciso fazer processo contra quem mentir, contra quem não disser a verdade nesse país”, afirmou o ex-presidente.
“Quem tem direito de decretar o meu fim é o povo brasileiro”
Durante o discurso, Lula reclamou dos métodos da Lava Jato e da cobertura da imprensa. Ele disse que, quando critica a Polícia Federal e o Ministério Público, não se refere à instituição, mas à força tarefa da Lava Jato.
"Moro deve prestar contas para a história, como eu. A história é quem vai dizer quem está certo e quem está errado. Não é possível ter Estado de direito se a gente não acreditar na Justiça. E por isso a Justiça não pode mentir, não pode tomar decisões políticas. Tem que tomar decisões baseadas nos autos", concluiu.
Outras frases de Lula durante o pronunciamento:
“Eles estão destruindo os fundamentos da democracia no nosso País”
“Então a sentença de ontem tem um componente político muito forte. Sinto que há tentativa de me tirar do jogo político”
“A única prova que existe é a prova da minha inocência”
“O que me deixa indignado, mas sem perder a ternura, é perceber que estou sendo vítima de um grupo de pessoas que contaram a primeira mentira e vão passar a vida inteira mentindo para justificar a primeira mentira”
Leia aqui a integra do discurso do ex-presidente Lula no pronunciamento desta quinta (13)
Por Vanilda Oliveira
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